domingo, 7 de dezembro de 2008

José

José

José foi o décimo segundo filho de Jacó, mas o primeiro filho de sua mulher Raquel.
Ele é descrito como o filho favorito de Jacó (marcado pelo presente de uma túnica de várias cores), que foi vendido como escravo por seus irmãos invejosos.
Porque Deus estava com ele, passou de escravo a governador do Egito. Seus poderes no governo só ficavam abaixo daqueles do Faraó.
Seus filhos, Manassés e Efraim, se tornaram os ancestrais de duas das tribos de Israel.

A vida de José é narrada nos capítulos 37 a 50 de Gênesis.
Israel (Jacó) amava mais a José do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice, razão pela qual fez-lhe uma túnica de várias cores.
Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no e não lhe podiam falar pacificamente.
José, aos dezessete anos de idade, teve um sonho e contou a seus irmãos. Ele lhes disse: "Estávamos nós atando molhos no campo e eis que o meu molho, levantando-se, ficou em pé; e os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho". Responderam-lhe seus irmãos: "Tu pois, reinarás sobre nós e deveras terás domínio sobre nós?" Por causa dos seus sonhos e das suas palavras o odiavam ainda mais.
Teve José outro sonho e o contou a seus irmãos, dizendo: "Tive ainda outro sonho; e eis que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante mim.
Os irmãos o odiaram por causa do sonho e seu pai repreendeu-o porque entendeu que, segundo o sonho, todos eles viriam a inclinar-se com o rosto em terra diante dele.
Seus irmãos o invejavam e tramavam para o matarem, mas depois resolveram afastá-lo e o venderam como escravo, por vinte siclos de prata a negociantes ismaelitas, que o levaram para ser vendido no Egito.
Os irmãos tomaram, então, a túnica colorida de José, mataram um cabrito, tingiram a túnica no sangue e mandaram levá-la a seu pai. Reconhecendo a túnica, seu pai o tomou por morto e lamentava sua morte, recusando-se a ser consolado.
Os ismaelitas venderam José no Egito a Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda. O Senhor estava com José e ele prosperou na casa de seu senhor egípcio. E Deus abençoou a casa do egípcio por amor a José.
José era formoso de porte e de semblante (Gênesis 39:6), por isso a mulher de Potifar o perseguia e queria que ele se deitasse com ela. Como ele se recusava, ela fingindo-se ultrajada fez com que Potifar o mandasse para a prisão.
O Senhor porém, estava com José e o carcereiro-mór entregou na mão de José todos os presos que estavam na casa do cárcere e ele ordenava tudo o que se fazia ali.
Estavam presos o padeiro-mór e o copeiro-mór. Certa manhã, estavam eles perturbados com um sonho que cada um deles tivera. Todos dois sonharam que estavam servindo a Faraó, mas de forma diferente, ao que José interpretou dizendo que daí a tres dias o copeiro-mór seria readimitido e o padeiro-mór seria enforcado.
José pediu ao copeiro-mór que entercedesse por ele junto a Faraó porque era inocente, mas este se esqueceu da promessa.
Passados dois anos inteiros, Faraó teve um sonho e ninguém conseguia dizer o que significava, então o copeiro-mór se lembrou de José e falou a respeito dele com o Faraó.
Faraó contou o sonho a José, e ele o interpretou como um aviso de que a terra teria sete anos de grande fartura, seguida de sete anos de fome e toda aquela fartura seria esquecida na terra do Egito, e que a fome consumiria a terra. José aconselhou a Faraó que nomeasse administradores sobre a terra, para tomarem a quinta parte dos produtos da terra do Egito nos sete anos de fartura para ajuntar todo o mantimento destes bons anos e amontoar trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades e o guardar para provimento nos os sete anos de fome.
Faraó ficou impressionado com o seu bom senso e colocou-o por governador sobre todo o Egito e somente no trono Faraó era maior que José.
Faraó chamou a José, Zafnate-Paneã e deu-lhe por mulher Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. E José ajuntou todo o mantimento dos sete anos de fartura e era tanto que não se podia mais contá-lo.
Antes que viesse os anos da fome, nasceram a José dois filhos, o primogênito Manassés e o segundo chamou Efraim.
Quando acabaram os sete anos de fartura, começaram a vir os sete anos de fome, como José tinha predito e havia fome em todas as terras, porém, no Egito havia pão.
Depois de algum tempo, também a terra do Egito teve fome e o povo clamou a Faraó e Faraó disse ao ao povo para procurar José. Então abriu José todos os depósitos, e vendia aos egípcios e também aos estrangeiros, porquanto a fome prevaleceu em todas as terras.
Jacó soube que havia trigo no Egito e mandou seus filhos até lá para comprar trigo. Foram todos os seus filhos, menos Benjamim, irmão de José, porque o pai temia que lhe acontecesse algum desastre.
José era o governador da terra. Era ele quem vendia a todo o povo da terra e vindo os irmãos de José, prostraram-se diante dele com o rosto em terra.
Ele, ao ver seus irmãos, reconheceu-os e lembrou-se dos sonhos que tivera a respeito deles, mas eles não o reconheceram.
José fingiu pensar que eram espiões e com ameacas de morte, interrogava. Assim, ele descobriu que seu pai e seu irmao Benjamim estavam bem. Depois de tres dias na prisão, José mandou que escolhessem um entre eles para ficar preso em garantia de que trariam o irmão mais novo para provar que não eram espiões e assim salvariam suas vidas. Eles estavam apavorados e, sem saber que Jose entendia o que diziam, se lamentavam, dizendo ser castigo de Deus, pois pensavam que José havia morrido e culpavam-se por isso. Ele mandou que lhes dessem provisões mandou-os de volta. O pai porém, não permitiu que levassem Benjamim ao Egito, como haviam prometido.
Depois de algum tempo, tendo acabado o mantimento que trouxeram do Egito, o pai mandou-os de novo ao Egito e concordou em que levassem Benjamim, porque senão todos morreriam de fome.
Quando José viu Benjamim com eles, mandou que os levassem a sua casa para comerem com ele.
Eles estavam muito assustados, mas foram muito bem tratados, beberam, e se regalaram com ele, mas a Benjamim mandou que servissem cinco vezes mais que a cada um dos seus irmãos.
José mandou que lhes dessem suas provisões e despediu-os, mas preparou uma armadilha para incriminar Benjamim e ter motivo para retê-lo. Quando saíram da cidade, mandou que o revistassem, alegando que uma taça havia sumido.
Seus irmaos ficaram desesperados quando a taça foi descoberta nas provisões de Benjamim e disseram que seu pai morreria de desgosto se voltassem sem ele. José, nao podendo mais se conter, explodiu em choro, fazendo-se reconhecer por seus irmãos. Eles ficaram paralizados de medo, mas José os consolava dizendo que nao tinham culpa, pois sua vinda para o Egito era providência de Deus para conservar a vida de todos durante o período de fome. Ele mandou vir seu pai, e toda a sua casa para o Egito e deu-lhes posses na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés. E José sustentou de pão a seu pai, seus irmãos e toda a casa de seu pai, segundo as suas famílias.
Durante o período de fome, José vendeu o trigo e recolheu todo o dinheiro que se achou na terra do Egito e na terra de Canaã. Quando o dinheiro acabou, ele trocou o trigo por gado, cavalos, jumentos e finalmente os egípcios venderam suas terras em troca de trigo. E tudo ficou sendo de Faraó, com exceção da terra dos sacerdotes, que José não comprou. A partir daí o povo passou a trabalhar a terra e dar um quinto para Faraó.
José, pois, habitou no Egito, ele e a casa de seu pai e ele viu os filhos de Efraim até a terceira geração.
Também os filhos de Maquir, filho de Manassés, nasceram sobre seus joelhos.
Morreu José da idade de cento e dez anos, o embalsamaram e o enterraram no Egito.
Quando Deus resgatou seu povo do Egito, quatrocentos e trinta anos depois, Moisés levou consigo os ossos de José, porquanto havia este solenemente jurado aos filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará e vós haveis de levar daqui convosco os meus ossos (Êxodo 13:19).

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