domingo, 7 de dezembro de 2008

Paulo

Paulo

Saulo de Tarso, o incansável "Apóstolo dos Gentios", foi convertido do judaismo, na estrada de Damasco, quando teve um encontro pessoal com Jesus.
Ele permaneceu alguns dias em Damasco após ter sido batizado por Ananias um cristão local.

Lucas

Lucas

Lucas, o escritor de Atos e do evangelho que leva o seu nome, foi identificado por Paulo, como o "amado médico" (Colossenses 4:14).


A bíblia não nos dá muita informação sobre ele.
Só em seu evangelho, é narrada a parábola do "Bom Samaritano", louvando a fé dos gentios, assim como da viúva de Sarepta e de Naamã o Siro (Lucas 4:27-27).
Em Atos, nós podemos traçar o seu ministério. Não são conhecidos os detalhes de sua conversão ao cristianismo, mas observando a linguagem usada por ele nos Atos, vemos como ele se uniu a Paulo: Atos foi escrito na terceira pessoa, pois na verdade, é uma narrativa de fatos como ele mesmo se expressa, para seu amigo pessoal Teófilo.
Em Atos 16:10, Lucas usa a segunda pessoa do plural:"durante a noite Paulo teve a visão de um macedonio diante dele, pedindo venha à Macedonia e ajude-nos'.Depois de Paulo ter tido esta visão NÓS nos preparamos imediatamente para irmos à Macedonia, concluindo que Deus tinha chamado-nos para pregar o evangelho para eles".

Lázaro

Lázaro

Ele é um dos personagens da parábola contada por Jesus, registrada no evangelho de Lucas e tambem conhecida como do "Rico e Lázaro".


"Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cäes vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraäo; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraäo, e Lázaro no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Abraäo, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraäo: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós näo poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai pois tenho cinco irmäos; para que lhes dê testemunho, a fim de que näo venham também para este lugar de tormento.
Disse-lhe Abraäo: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
E disse ele: Näo, pai Abraäo; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraäo lhe disse: Se näo ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditaräo, ainda que algum dos mortos ressuscite" (Lucas 16:19-31).

José

José

José foi o décimo segundo filho de Jacó, mas o primeiro filho de sua mulher Raquel.
Ele é descrito como o filho favorito de Jacó (marcado pelo presente de uma túnica de várias cores), que foi vendido como escravo por seus irmãos invejosos.
Porque Deus estava com ele, passou de escravo a governador do Egito. Seus poderes no governo só ficavam abaixo daqueles do Faraó.
Seus filhos, Manassés e Efraim, se tornaram os ancestrais de duas das tribos de Israel.

A vida de José é narrada nos capítulos 37 a 50 de Gênesis.
Israel (Jacó) amava mais a José do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice, razão pela qual fez-lhe uma túnica de várias cores.
Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no e não lhe podiam falar pacificamente.
José, aos dezessete anos de idade, teve um sonho e contou a seus irmãos. Ele lhes disse: "Estávamos nós atando molhos no campo e eis que o meu molho, levantando-se, ficou em pé; e os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho". Responderam-lhe seus irmãos: "Tu pois, reinarás sobre nós e deveras terás domínio sobre nós?" Por causa dos seus sonhos e das suas palavras o odiavam ainda mais.
Teve José outro sonho e o contou a seus irmãos, dizendo: "Tive ainda outro sonho; e eis que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam perante mim.
Os irmãos o odiaram por causa do sonho e seu pai repreendeu-o porque entendeu que, segundo o sonho, todos eles viriam a inclinar-se com o rosto em terra diante dele.
Seus irmãos o invejavam e tramavam para o matarem, mas depois resolveram afastá-lo e o venderam como escravo, por vinte siclos de prata a negociantes ismaelitas, que o levaram para ser vendido no Egito.
Os irmãos tomaram, então, a túnica colorida de José, mataram um cabrito, tingiram a túnica no sangue e mandaram levá-la a seu pai. Reconhecendo a túnica, seu pai o tomou por morto e lamentava sua morte, recusando-se a ser consolado.
Os ismaelitas venderam José no Egito a Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda. O Senhor estava com José e ele prosperou na casa de seu senhor egípcio. E Deus abençoou a casa do egípcio por amor a José.
José era formoso de porte e de semblante (Gênesis 39:6), por isso a mulher de Potifar o perseguia e queria que ele se deitasse com ela. Como ele se recusava, ela fingindo-se ultrajada fez com que Potifar o mandasse para a prisão.
O Senhor porém, estava com José e o carcereiro-mór entregou na mão de José todos os presos que estavam na casa do cárcere e ele ordenava tudo o que se fazia ali.
Estavam presos o padeiro-mór e o copeiro-mór. Certa manhã, estavam eles perturbados com um sonho que cada um deles tivera. Todos dois sonharam que estavam servindo a Faraó, mas de forma diferente, ao que José interpretou dizendo que daí a tres dias o copeiro-mór seria readimitido e o padeiro-mór seria enforcado.
José pediu ao copeiro-mór que entercedesse por ele junto a Faraó porque era inocente, mas este se esqueceu da promessa.
Passados dois anos inteiros, Faraó teve um sonho e ninguém conseguia dizer o que significava, então o copeiro-mór se lembrou de José e falou a respeito dele com o Faraó.
Faraó contou o sonho a José, e ele o interpretou como um aviso de que a terra teria sete anos de grande fartura, seguida de sete anos de fome e toda aquela fartura seria esquecida na terra do Egito, e que a fome consumiria a terra. José aconselhou a Faraó que nomeasse administradores sobre a terra, para tomarem a quinta parte dos produtos da terra do Egito nos sete anos de fartura para ajuntar todo o mantimento destes bons anos e amontoar trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades e o guardar para provimento nos os sete anos de fome.
Faraó ficou impressionado com o seu bom senso e colocou-o por governador sobre todo o Egito e somente no trono Faraó era maior que José.
Faraó chamou a José, Zafnate-Paneã e deu-lhe por mulher Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. E José ajuntou todo o mantimento dos sete anos de fartura e era tanto que não se podia mais contá-lo.
Antes que viesse os anos da fome, nasceram a José dois filhos, o primogênito Manassés e o segundo chamou Efraim.
Quando acabaram os sete anos de fartura, começaram a vir os sete anos de fome, como José tinha predito e havia fome em todas as terras, porém, no Egito havia pão.
Depois de algum tempo, também a terra do Egito teve fome e o povo clamou a Faraó e Faraó disse ao ao povo para procurar José. Então abriu José todos os depósitos, e vendia aos egípcios e também aos estrangeiros, porquanto a fome prevaleceu em todas as terras.
Jacó soube que havia trigo no Egito e mandou seus filhos até lá para comprar trigo. Foram todos os seus filhos, menos Benjamim, irmão de José, porque o pai temia que lhe acontecesse algum desastre.
José era o governador da terra. Era ele quem vendia a todo o povo da terra e vindo os irmãos de José, prostraram-se diante dele com o rosto em terra.
Ele, ao ver seus irmãos, reconheceu-os e lembrou-se dos sonhos que tivera a respeito deles, mas eles não o reconheceram.
José fingiu pensar que eram espiões e com ameacas de morte, interrogava. Assim, ele descobriu que seu pai e seu irmao Benjamim estavam bem. Depois de tres dias na prisão, José mandou que escolhessem um entre eles para ficar preso em garantia de que trariam o irmão mais novo para provar que não eram espiões e assim salvariam suas vidas. Eles estavam apavorados e, sem saber que Jose entendia o que diziam, se lamentavam, dizendo ser castigo de Deus, pois pensavam que José havia morrido e culpavam-se por isso. Ele mandou que lhes dessem provisões mandou-os de volta. O pai porém, não permitiu que levassem Benjamim ao Egito, como haviam prometido.
Depois de algum tempo, tendo acabado o mantimento que trouxeram do Egito, o pai mandou-os de novo ao Egito e concordou em que levassem Benjamim, porque senão todos morreriam de fome.
Quando José viu Benjamim com eles, mandou que os levassem a sua casa para comerem com ele.
Eles estavam muito assustados, mas foram muito bem tratados, beberam, e se regalaram com ele, mas a Benjamim mandou que servissem cinco vezes mais que a cada um dos seus irmãos.
José mandou que lhes dessem suas provisões e despediu-os, mas preparou uma armadilha para incriminar Benjamim e ter motivo para retê-lo. Quando saíram da cidade, mandou que o revistassem, alegando que uma taça havia sumido.
Seus irmaos ficaram desesperados quando a taça foi descoberta nas provisões de Benjamim e disseram que seu pai morreria de desgosto se voltassem sem ele. José, nao podendo mais se conter, explodiu em choro, fazendo-se reconhecer por seus irmãos. Eles ficaram paralizados de medo, mas José os consolava dizendo que nao tinham culpa, pois sua vinda para o Egito era providência de Deus para conservar a vida de todos durante o período de fome. Ele mandou vir seu pai, e toda a sua casa para o Egito e deu-lhes posses na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés. E José sustentou de pão a seu pai, seus irmãos e toda a casa de seu pai, segundo as suas famílias.
Durante o período de fome, José vendeu o trigo e recolheu todo o dinheiro que se achou na terra do Egito e na terra de Canaã. Quando o dinheiro acabou, ele trocou o trigo por gado, cavalos, jumentos e finalmente os egípcios venderam suas terras em troca de trigo. E tudo ficou sendo de Faraó, com exceção da terra dos sacerdotes, que José não comprou. A partir daí o povo passou a trabalhar a terra e dar um quinto para Faraó.
José, pois, habitou no Egito, ele e a casa de seu pai e ele viu os filhos de Efraim até a terceira geração.
Também os filhos de Maquir, filho de Manassés, nasceram sobre seus joelhos.
Morreu José da idade de cento e dez anos, o embalsamaram e o enterraram no Egito.
Quando Deus resgatou seu povo do Egito, quatrocentos e trinta anos depois, Moisés levou consigo os ossos de José, porquanto havia este solenemente jurado aos filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará e vós haveis de levar daqui convosco os meus ossos (Êxodo 13:19).

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Jeremias

Jeremias

Durante o reinado de Josias, ainda jovem, começou a profetizar e assim prosseguiu durante aproximadamente 50 anos.

Viveu entre os séculos 6 AC e 7 AC.
Jeremias descendia de uma família de sacerdotes, da cidade de Anata, a nordeste de Jerusalém e aparentemente, nunca exerceu as atividades de um sacerdote no templo.
Suas profecias foram feitas em sua cidade natal, em Jerusalém e mais tarde nas colônias judaicas da dispersão, no Egito.
As fontes de informação sobre a sua vida, são o livro que toma o seu nome na bíblia, o livro de Reis e o de Crônicas.

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Jacó

Jacó

Era filho de Isaque, filho de Abraão. Ele suplantou seu irmão mais velho, Esaú, obtendo do seu pai Isaque, uma benção especial e passou a ser o herdeiro das promessas de Deus.
Seu nome foi trocado para Israel, que significa "aquele que luta com Deus", após lutar uma noite inteira com um ser celestial.

Ele nasceu quando seu pai já tinha 60 anos, pois sua mãe, Rebeca, era estéril e só engravidou após insistentes orações de seu pai, após 20 anos de casamento.
Foi uma gestação difícil e Deus disse à sua mãe: "Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, um povo será mais forte do que o outro povo e o maior servirá ao menor"
(Gênesis 25:23).
Conta a bíblia que um dia ao voltar do campo, Esaú faminto, pediu a Jacó um prato de sopa de lentilhas. Jacó concordou, desde que seu irmão abrisse mão do direito de primogenitura em seu favor; Esaú aceitou.
Mais tarde, Isaque seu pai, já avançado em idade, não enchergando, tomou Jacó por seu irmão e o abençoou.
Quando Esaú descobriu a trama se enfureceu contra Jacó e este teve que fugir para a casa de seu tio Labão.
Lá chegando, conheceu Raquel e por ela se apaixonou. Propos então a Labão trabalhar durante sete anos de graça para ter o direito (dote) de desposar Raquel.
Ao se cumprirem os sete anos, deu Labão uma festa, mas, à noite, entregou sua filha Lia a Jacó e eles coabitaram. No dia seguinte, quando Jacó descobriu ter sido enganado, Labão prometeu dar-lhe também Raquel em troca de mais sete anos de escravidão. Lia era fecunda, porém Raquel era estéril, por isso, Raquel deu sua serva a Jacó para ter filhos por meio dela, no que foi imitada por Lia. As duas servas deram dois filhos cada uma a Jacó.
Quando terminou o prazo de servidão de Jacó, Labão não queria liberá-lo pois havia se enriquecido muito através das bençãos com que Deus abençoava Jacó. Fazia contratos dando parte da produção como forma de pagamento, mas ao perceber quão intensamente Deus favorecia o lado de Jacó, mudava de lado e assim fez por diversas vezes durante seis anos.
Finalmente o Senhor ouviu as orações de Jacó em favor de Raquel e ela lhe deu um filho e tinha já 11 filhos quando, então, resolveu voltar às terras que Deus havia prometido a ele e sua descendência. Jacó tomou sua mulheres, seus filhos e tudo o mais que era seu e partiu. Mas ele teria que enfrentar a furia de seu irmão.
Jacó enviou mensageiros a Esau, avisando-o de sua volta. Esses quando voltaram, informaram-no de que Esaú vinha ao seu encontro com uma tropa de 400 homens.
Jacó então apavorado orou a Deus, pedindo que o livrasse da fúria de seu irmão.
Depois enviou presentes para serem entregues a Esaú, com o intuito de aplacar sua ira. Mandou na frente seus bens, suas mulhres e seus filhos, ficando ele sozinho.
Durante toda a noite ele lutou com alguém: "E vendo este que não prevalecia contra Jacó, tocou a juntura de sua coxa e ela se deslocou. Disse o homem: Deixa-me ir, porque o dia já está clareando.
Jacó disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares. O homem lhe perguntou: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. O estranho então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste. E Jacó lhe perguntou seu nome e ele disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face e a minha alma foi salva. (Gênesis 32:25-30) Jacó teve um total de 12 filhos, que mais tarde se tornaram as 12 tribos de Israel e viveu um total de 147 anos.
Morreu após viver 17 anos no Egito, para onde foi levado por José , seu filho, que tinha se tornado tão poderoso quanto o próprio faraó.
Jacó foi embalsamado e levado para Canaã onde foi sepultado com muita honra , na caverna que está no campo de Efrom, o heteu, no campo de Macpela, que está em frente de Manre, na terra de Canaã, onde sepultaram a Abraão e a Sara sua mulher; a Isaque e a Rebeca sua mulher; e onde Jacó havia sepultado a Lia. (Gênesis 49:30-31).

Elias

Elias

Profeta hebreu, cujo nome significa Jeová é Deus ou o Senhor é Deus, viveu em torno do ano 850 AC.
Ele combateu o culto a Baal em Israel, no reinado de Acabe e, por sua fé e lealdade a Deus, foi foi levado aos céus, sem experimentar a morte.

A origem de Elias não é conhecida, a não ser que era Tesbita. Vestia-se com roupa feita de peles de animais e usava um cinturão de couro.
Considerado o maior operador de milagres velho testamento depois de Moisés, tem os principais fatos de sua vida narrados no livro de Reis e ocorreram principalmente durante o reinado de Acabe que se deixou levar pela maligna influência de sua esposa Jezabel.
Este rei, construiu em Samaria um templo para a adoração a Baal onde viviam uma multidão de sacerdotes (alguns estrangeiros). Baal era um deus cananeu, da tempestade, chuva e fertilidade.
Deus deu poder a Elias para combater o culto a Baal e isso explica porque Elias orou para que não chovesse: para mostrar ao povo de Israel quem na verdade era Deus:
" Então Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra" (1 Reis 17:1). Por esse motivo, foi perseguido pelo rei e retirou-se para Querite:
"Depois veio a ele a palavra do Senhor, dizendo: retira-te daqui, e vai para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem. Foi, pois, e fez conforme a palavra do Senhor; porque foi e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite e bebia do ribeiro" (1 Reis 17:2-6).
Quando também o ribeiro secou, Elias conduzido por Deus, foi para Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva:
"Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
Então ele se levantou e foi a Sarepta e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha, ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água que beba.
E, indo ela a trazê-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão.
Porém ela disse: vive o Senhor teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija, e vês aqui apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.
E Elias lhe disse: não temas. Vai, faze conforme à tua palavra, porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui. Depois farás para ti e para teu filho. Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: a farinha da panela não se acabará e o azeite da botija não faltará até ao dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra.
E ela foi e fez conforme a palavra de Elias. E assim comeu ela, ele e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do Senhor, que ele falara pelo ministério de Elias.
E depois destas coisas sucedeu que adoeceu o filho desta mulher, dona da casa, e a sua doença se agravou muito, até que nele nenhum fólego ficou. Então ela disse a Elias: que tenho eu contigo, homem de Deus? vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade e matares a meu filho? E ele disse: dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama, e clamou ao Senhor, dissendo: ò Senhor meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?
Então se estendeu sobre o menino três vezes, clamou ao Senhor e disse: ò Senhor meu Deus, rogo-te que a alma deste menino torne a entrar nele.
O Senhor ouviu a voz de Elias e a alma do menino tornou a entrar nele e reviveu. Elias tomou o menino, o trouxe do quarto à casa e o deu a sua mãe. E disse Elias: vês aí, teu filho vive.
Então a mulher disse a Elias: nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade" (1 Reis 17:9-23).
Enquanto isso, Acabe continuava a procurar Elias, sem êxito.
Tempos mais tarde, Deus ordenou a Elias que procurasse o rei, porque Ele voltaria a fazer chover sobre a terra:
"E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do Senhor veio a Elias, no terceiro ano, dizendo: vai, apresenta-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra" (1 Reis 18:1).
E foi Elias e encontrou a Obadias, mordomo de Acabe, mas que era fiel a Deus e que estava também procurando o profeta.
Obadias foi então e contou ao rei e este veio ao encontro de Elias, acusando-o de perturbar a Israel. Elias desafiou o rei então a levar o povo e os profetas de Baal para o monte Carmelo, para tirar a prova sobre quem era na verdade Deus:
"Agora, pois, manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel.
Então Acabe convocou todos os filhos de Israel e reuniu os profetas no monte Carmelo.
Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.
Então disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do Senhor e os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta homens. Dêem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe coloquem fogo, e eu prepararei o outro bezerro, o porei sobre a lenha e não lhe colocarei fogo.
Então invocai o nome do vosso deus e eu invocarei o nome do Senhor, e há de ser que o deus que responder por meio de fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu, dizendo: É boa esta palavra.
E disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para vós um dos bezerros, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, invocai o nome do vosso deus, e não lhe ponhais fogo.
E tomaram o bezerro que lhes dera e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse, e saltavam sobre o altar que tinham feito.
E sucedeu que ao meio dia Elias zombava deles e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem. Talvez esteja dormindo e despertará.
E eles clamavam em altas vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, conforme ao seu costume, até derramarem sangue sobre si. E sucedeu que, passado o meio dia, profetizaram eles, até a hora de se oferecer o sacrifício da tarde; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.
Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e restaurou o altar do Senhor, que estava quebrado. Elias tomou doze pedras, conforme ao número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do Senhor, dizendo: Israel será o teu nome. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor; depois fez um rêgo em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.
Então armou a lenha, dividiu o bezerro em pedaços e o pós sobre a lenha. E disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez e o fizeram terceira vez, de maneira que a água corria ao redor do altar e até o rêgo ele encheu de água.
Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: ò Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus e que tu fizeste voltar o seu coração.
Então caiu fogo do Senhor e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, o pó e ainda lambeu a água que estava no rêgo.
O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos e disseram: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!" (1 Reis 18:19-39).
Elias então ordenou que prendessem todos os profetas de Baal, que em seguida foram mortos.
Elias mandou que o Rei voltasse pois uma chuva forte cairia.
Mesmo assim, Jezabel em toda a sua maldade, mandou avisar a Elias que o mataria dentro de 24 horas.
Elias novamente foi levado por Deus e foi para o deserto, onde pediu a morte para si. Em vez disso Deus enviou um anjo, que despertou Elias por duas vezes e comeu pão cozido e água.
Levantou-se pois Elias e caminhou por quarenta dias e quarenta noites com a força daquelas refeições, até o monte Horebe, onde se refugiou numa caverna.
Deus então falou a Elias, mandando que saísse da caverna e após um vento muito forte, um terremoto e fogo, ouviu Elias a voz do Senhor.
Cobrindo o rosto com a capa, Elias saiu e então Deus lhe ordenou:
"E o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; e, chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria.
Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar. E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu.
Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou" (1 Reis 19:15-18).
Mais adiante na bíblia, um episódio narrando mais uma maldade de Jezabel, traz de novo Elias ao palco dos acontecimentos.
Acabe cobiçou e tentou comprar uma vinha vizinha a seu palácio, que pertencia a Nabote. O dono recusou-se a vendê-la e mais uma vez Jezabel agiu com maldade tramando a morte de Nabote, para que o rei tomasse a vinha para si.
Deus então chama novamente a Elias para mais uma vez confrontar o rei:
"Então veio a palavra do Senhor a Elias, o tesbita, dizendo: levanta-te, desce para encontrar-te com Acabe, rei de Israel, que está em Samaria; eis que está na vinha de Nabote, aonde tem descido para possuí-la. E falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o Senhor: porventura não mataste e tomaste a herança? Falar-lhe-ás mais, dizendo: Assim diz o Senhor: no lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote lamberão também o teu próprio sangue.
E disse Acabe a Elias: Já me achaste, inimigo meu? E ele disse: achei-te, porquanto já te vendeste para fazeres o que é mau aos olhos do Senhor. Eis que trarei mal sobre ti e arrancarei a tua posteridade, e arrancarei de Acabe a todo o homem, tanto o escravo como o livre em Israel e farei a tua casa como a casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como a casa de Baasa, filho de Aías; por causa da provocação, com que me provocaste e fizeste pecar a Israel.
E também acerca de Jezabel falou o Senhor, dizendo: os cães comerão a Jezabel junto ao antemuro de Jizreel. Aquele que morrer dos de Acabe, na cidade, os cães o comerão; e o que morrer no campo as aves do céu o comerão" (1 Reis 21:17-24).
A próxima vez que a bíblia menciona Elias, ocorre em conexão com o filho de Acabe, Acazias. Este caiu da sacada de seus aposentos em Samaria e adoeceu. Mandou então consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararia: Mas o anjo do Senhor disse a Elias, o tesbita: levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes:
"Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? E por isso assim diz o Senhor: da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás. Então Elias partiu.
E os mensageiros voltaram para ele e ele lhes disse: Que há, que voltastes? E eles lhe disseram: um homem saiu ao nosso encontro, e nos disse: ide, voltai para o rei que vos mandou, e dizei-lhe: assim diz o Senhor: porventura não há Deus em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Portanto da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás.
E ele lhes disse: qual era a aparência do homem que veio ao vosso encontro e vos falou estas palavras? E eles lhe disseram: era um homem peludo, com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então disse ele: É Elias, o tesbita.
Então o rei lhe enviou um capitão de cinqüenta com seus cinqüenta; e, subindo a ele (porque eis que estava assentado no cume do monte), disse-lhe: homem de Deus, o rei diz: desce.
Mas Elias disse ao capitão de cinqüenta: se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então fogo desceu do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta.
E tornou o rei a enviar-lhe outro capitão de cinqüenta, com os seus cinqüenta; ele lhe respondeu, dizendo: homem de Deus, assim diz o rei: desce depressa.
E respondeu Elias: se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então o fogo de Deus desceu do céu e o consumiu, a ele e aos seus cinqüenta.
E tornou a enviar um terceiro capitão de cinqüenta, com os seus cinqüenta; então subiu o capitão de cinqüenta e, chegando, pôs-se de joelhos diante de Elias, e suplicou-lhe, dizendo: homem de Deus, seja, peço-te, preciosa aos teus olhos a minha vida e a vida destes cinqüenta teus servos.
Eis que fogo desceu do céu, e consumiu aqueles dois primeiros capitães de cinqüenta, com os seus cinqüenta; porém, agora seja preciosa aos teus olhos a minha vida.
Então o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com este, não temas. E levantou-se, e desceu com ele ao rei.
E disse-lhe: Assim diz o Senhor: por que enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura é porque não há Deus em Israel, para consultar a sua palavra? Portanto desta cama, a que subiste, não descerás, mas certamente morrerás.
Assim, pois, morreu, conforme a palavra do Senhor, que Elias falara"(2 Reis 1:3-17).
Elias desapareceu mais misteriosamente que quando apareceu, nas montanhas de Moab:
"Sucedeu que, quando o Senhor estava para elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu de Gilgal com Eliseu. E disse Elias a Eliseu: fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim foram a Betel.
Então os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Jericó. Porém ele disse: vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim foram a Jericó.
Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. E Elias disse: fica-te aqui, porque o Senhor me enviou ao Jordão. Mas ele disse: vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim ambos foram juntos. E foram cinqüenta homens dos filhos dos profetas, e pararam defronte deles, de longe: e assim ambos pararam junto ao Jordão.
Então Elias tomou a sua capa e a dobrou, e feriu as águas, as quais se dividiram para os dois lados; e passaram ambos em seco.
Sucedeu que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim. E disse: coisa difícil pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, porém, se não, não se fará.
E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu, e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que dele caíra, e, voltando-se, parou à margem do Jordão. E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas, e disse: onde está o Senhor Deus de Elias? Quando feriu as águas elas se dividiram de um ao outro lado, e Eliseu passou.
Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: o espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra. E disseram-lhe: eis que agora entre os teus servos há cinqüenta homens valentes; ora deixa-os ir para buscar a teu senhor; pode ser que o elevasse o Espírito do Senhor e o lançasse em algum dos montes, ou em algum dos vales. Porém ele disse: Não os envieis.
Mas eles insistiram com ele, até que, constrangido, disse-lhes: enviai. E enviaram cinqüenta homens, que o buscaram três dias, porém não o acharam. Então voltaram para ele, pois ficara em Jericó; e disse-lhes: eu não vos disse que não fosseis?
A última vez que Elias foi mencionado no velho testamento, foi numa profecia em Malaquias 4:5 :
"Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição". Jesus explicou em Mateus 11:14, que Elias já voltou, isto é, não o mesmo Elias, mas "o Elias", na pessoa de João Batista:
"E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir".

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